(Editado)
O que dizer do peso dos segundos sobre as minhas costas me afogando nas areias do tempo? São menos de dois dias, e a secura na minha garganta não é normal. Nem é normal a quantidade de vezes que me levanto e ando pela casa à procura de algo que sei que não está lá. Nem a necessidade que sinto de escrever a respeito. Mas só tenho duas mãos e estou inflada de sentimento. Não é justo com elas. Não consigo (d)escrever as coisas com a devida clareza. Não é intenso o suficiente para me acalmar. Não é normal. Não consigo escrever. Não consigo esquecer. É desespero o que sinto ao correr por esse imenso corredor cuja saída nunca está próxima o suficiente? Ou é vontade de alguma coisa que sei que não vou conseguir alcançar?
Sonho com corredores e portas e trancas e chaves.
E com esse fio que me puxa.
Os fios do destino me puxando como a um brinquedo para algo que não posso viver.
segunda-feira, 31 de maio de 2010
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Instintivo
Tinha tempo que eu não parava para perceber o quanto os cheiros são importantes e até mesmo decisivos no nosso interesse pelas pessoas. Eu uso tanto a cabeça que às vezes me esqueço do instintivo, do animal. Mas voltei a pensar nisso.
Conter o lado animal é uma tarefa difícil, quase impossível.
O que somos, afinal: o caçador, armado, concentrado, focado e racional ou somos a fera que corre a esmo, sem um destino, sem um objetivo claro que não seja a própria sobrevivência - porém livre?
De que lado do espelho você está? E como conter o que o reflexo lhe diz a todo tempo?
Conter o lado animal é uma tarefa difícil, quase impossível.
O que somos, afinal: o caçador, armado, concentrado, focado e racional ou somos a fera que corre a esmo, sem um destino, sem um objetivo claro que não seja a própria sobrevivência - porém livre?
De que lado do espelho você está? E como conter o que o reflexo lhe diz a todo tempo?
domingo, 9 de maio de 2010
Para não dizer que não falei das flores...
Eu tento. Mas não consigo me acostumar com a correria da semana que precede esse dia, do desespero em consumir, gastar e agradar. Não consigo entender o dogma do almoço de domingo, das homenagens melosas e das declarações e abraços.
Não sei se do distanciamento proposital das relações humanas ou de alguma questão existencialista, mas é fato que não me coloco dentro do paradigma social de todas essas celebrações ocidentais. Que seja em palavras simples, eu não me encaixo mesmo.
Mas continuo dizendo "ah, amanhã é dia das mães. Queria tanto passar com ela."
Quer saber? Queria passar todos.
Agradeçam malditos, não uma vez por ano, mas todos os dias.
Não sei se do distanciamento proposital das relações humanas ou de alguma questão existencialista, mas é fato que não me coloco dentro do paradigma social de todas essas celebrações ocidentais. Que seja em palavras simples, eu não me encaixo mesmo.
Mas continuo dizendo "ah, amanhã é dia das mães. Queria tanto passar com ela."
Quer saber? Queria passar todos.
Agradeçam malditos, não uma vez por ano, mas todos os dias.
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