segunda-feira, 31 de maio de 2010

Oh well.

(Editado)

O que dizer do peso dos segundos sobre as minhas costas me afogando nas areias do tempo? São menos de dois dias, e a secura na minha garganta não é normal. Nem é normal a quantidade de vezes que me levanto e ando pela casa à procura de algo que sei que não está lá. Nem a necessidade que sinto de escrever a respeito. Mas só tenho duas mãos e estou inflada de sentimento. Não é justo com elas. Não consigo (d)escrever as coisas com a devida clareza. Não é intenso o suficiente para me acalmar. Não é normal. Não consigo escrever. Não consigo esquecer. É desespero o que sinto ao correr por esse imenso corredor cuja saída nunca está próxima o suficiente? Ou é vontade de alguma coisa que sei que não vou conseguir alcançar?

Sonho com corredores e portas e trancas e chaves.

E com esse fio que me puxa.

Os fios do destino me puxando como a um brinquedo para algo que não posso viver.

1 comentários:

Anônimo disse...

"Só tenho duas mãos e estou inflada de sentimento" ou "nas mãos o sentimento do mundo".

"Os fios do destino me puxando como a um brinquedo para algo que não posso viver." ou "tenho medo que uma queda possa neutralizar você. Você não a merece (...) Soa lugar comum, linda, eu sei. Mas o mundo só é mais ou menos justo à medida que as pessoas são capazes de compreendê-lo."