Numa dessas conversas por aí, no msn, eu me dei conta - talvez pela primeira vez - do quanto me sobra juventude. É curioso, porque eu sempre me vi como alguém que não cabe dentro do próprio corpo tamanha alma velha que nele habita. Mas foi hoje mesmo, e nessa mesma conversa - reclamando para mim, com impaciência, da demora em ser respondida - que percebi que isso não passa de mais um defeito da minha juventude: querer antecipar a velhice. Ser reconhecida e me gabar de toda a experiência e maturidade que carrego comigo num papiro quilométrico.
Mas, vejam bem, não passo de uma jovem. Não posso desfrutar das licenças de ser criança. Nem do fato de ser adolescente - que já é autoexplicativo. Muito menos do peso de ser adulta - por mais que, por lei e na prática, eu seja. E muito menos ainda do ápice que eu almejo tanto - a velhice.
Não que eu deseje a velhice do corpo. Convenhamos que o meu, aos seus 21 aninhos, está muito mais do que bem servido. É a velhice do caráter, a velhice emocional. A falta de desespero da paixão que insiste em vir com aquele quê shakesperiano (nossa, isso tá certo?) de imediato.
Estou tão imediata que quero antecipar até mesmo a velhice. Que quero maturar paixões que ainda estão por nascer.
Assim sufocarei todas.
Tempo ao tempo. Que não muda nada. Mas que amorna. Acalma.
Mas, vejam bem, não passo de uma jovem. Não posso desfrutar das licenças de ser criança. Nem do fato de ser adolescente - que já é autoexplicativo. Muito menos do peso de ser adulta - por mais que, por lei e na prática, eu seja. E muito menos ainda do ápice que eu almejo tanto - a velhice.
Não que eu deseje a velhice do corpo. Convenhamos que o meu, aos seus 21 aninhos, está muito mais do que bem servido. É a velhice do caráter, a velhice emocional. A falta de desespero da paixão que insiste em vir com aquele quê shakesperiano (nossa, isso tá certo?) de imediato.
Estou tão imediata que quero antecipar até mesmo a velhice. Que quero maturar paixões que ainda estão por nascer.
Assim sufocarei todas.
Tempo ao tempo. Que não muda nada. Mas que amorna. Acalma.
2 comentários:
Vontade de descobrir o e paralisar no auge da vida a tempo de vivê-lo. E aproveitar.
gosto dessa palavra 'now', e agora? Vivemos em um paradoxo, o importante é o equilíbrio.
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