quinta-feira, 17 de abril de 2008

Cultura inútil: Gerador de Críticas Literárias



O meu ficou assim:

"Um monte de frases desconexas de Dan Brown
Não foi má-vontade - peguei o livro com humildade. Juro que tentei conter minha petulância. Mas logo nas primeiras páginas constatei que os hormônios desiquilibrados de Dan Brown jogavam a trama num clichê neo-modernista sem precedentes. Código Da Vinci é tão atraente quanto a cicatriz na testa de meu pai. A obra se vale da hipocrisia do leitor, que só consegue chegar ileso ao final da história se acreditar que a Paris Hilton não é vagabunda. Mas vamos nos prender numa análise detalhada: os personagens, por exemplo, parecem ter saído de um Sidney Shelson distorcido chegado a uma bicha enrustida com tendência a teoria da conspiração. A história é, do começo ao fim, um monte de frases desconexas - e o desfecho, até para os corações mais bondosos, não passa de lixo. Mesmo quando remete a Nietszche, o livro o faz de forma medíocre. Dan Brown faz parecer que uma Bruna Surfistinha escreve. E, ao mesmo tempo, faz Agatha Christie rolar no túmulo.
Não há formas de ser condescendente: a tristeza que a personagem principal exala deixa um perfume presunçoso em todas as páginas dar um muro de obtuosidade que macula de forma grotesca qualquer forma de literatura.
Conselho: se você encontrar Código Da Vinci nas prateleiras, não hesite, fuja.

0 comentários: